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  • Foto do escritorNara Guichon

Economia doméstica: algumas dicas para sua mudança de hábitos




Hoje escrevo para falar de abundância, cuidado e generosidade.


Minha vida sempre foi marcada por ações práticas. Sou do tipo menos blábláblá e mais da ação – vou sempre direto ao ponto. Me falta paciência quando observo desperdício de qualquer tipo – seja de tempo, dinheiro, comida, roupas ou de recursos materiais em geral.

Movida por um forte senso de praticidade e com umas boas pitadas de intuição, fui ao longo dos anos acumulando experiências positivas para uma economia doméstica eficiente e em sintonia com a boa gestão dos nossos recursos naturais.


Acredito plenamente que pequenos gestos mudam a forma como nos relacionamos com o todo e transformam positivamente nossa rotina.


Desde muito pequena me interessei pela cozinha. Acompanhava sem esforço tudo que envolvia essa prática. Para mim a cozinha sempre foi o coração da casa. Adorava fazer a feira com minha família, cozinhava com satisfação junto a minha avó e minha mãe. Sempre gostei de entender os segredos das plantas, colaborar nos cuidados do pequeno jardim e do pomar, além de manter contato com os animais que tínhamos no quintal.


Essa proximidade com o mundo natural me ensinou o verdadeiro valor tudo o que nos é ofertado e a responsabilidade que temos diante daquilo que consumimos.

Tudo o que temos em nossa casa vem de algum lugar e deve ser valorizado.

Abundância e consciência


Se observarmos atentamente nossas vidas encontraremos muita abundancia.

Os estudiosos do comportamento social estão corretos em dizer que o mais simples ser humano do século XXI possui mais acesso à informação e a elementos de saúde e alimentação do que os maiores imperadores da Roma antiga.


Ou seja, temos ao alcance das mãos um imenso leque de recursos, mas que nem sempre os valorizamos, isto certamente advém do fato de termos sempre tanto.


É bem verdade que a injustiça social é o grande mal de nossa era, mas cabe a nós, os que temos privilegiado acesso aos bens essenciais, a ação consciente e o bom uso dos mesmos. A gratidão e a responsabilidade devem sempre nos mover. Façamos a nossa parte!

Agir de maneira consciente e prática significa que podemos adotar ou readequar hábitos simples e sem grandes esforços.


Mudar a maneira como cozinhamos, limpamos, compramos ou locomovemos é um exercício interessante de criatividade, repleto de ganhos não apenas em termos de economia financeira, mas em saúde e participação social.


Isso representa que devemos sempre refletir na seguinte verdade universal: toda ação tem um resultado e as nossas escolhas possuem grande valor e importância. Ninguém é pequeno demais para não fazer a diferença.


Por isso vou listar aqui algumas dicas. Não se tratam de regras rígidas, mas dicas pequeninas, fáceis, mas que ao longo do tempo resultarão em economia e benesses não só para nosso bolso e nossa saúde, mas também para o nosso planeta.





Truques de Cozinha


Ao levar os alimentos para cozinhar, após levantar fervura, abaixe a chama ao mínimo possível e mantenha a panela tampada. Essa simples atitude fará com que os alimentos mantenham suas propriedades e o consumo de gás cairá pela metade.


Você poderá também usar bem menos água para cozinhar seus legumes e verduras do que tradicionalmente estamos habituados a fazer.


Por exemplo: para o preparo dos brócolis e do chuchu (cortado em pedaços medianos) experimente cozinhar com apenas um centímetro de água. Ao levantar fervura, diminua a chama, conte um minuto, desligue, abafe a panela com pano e pronto. Ficará macio e muito mais saboroso.


Para a cocção de legumes como batata inglesa, batata doce, beterraba, inhame e outros tubérculos, experimente cozinhar em panela de pressão, com água em nível baixo – o suficiente para cobrir um pouco menos da metade dos legumes.


No caso de alimentos orgânicos, jamais desperdice a água do cozimento. Aproveite-a para o preparo do arroz, na composição de molhos, caldos ou sopas.

Desta forma você estará ganhando saúde ao longo dos anos, economizando seu dinheiro, valorizando seu trabalho e colaborando para a manutenção da vida.

Outra dica é para cozinhar o macarrão. Tampe a panela, coloque o macarrão, quando a água estiver fervendo, após uns dois minutos cozinhando em chama alta, experimente reduzir o fogo para médio. Cozinhará bem e gastando menos energia.


Já para fazer chá ou café, bom ficar atento: muitas vezes colocamos bem mais água a esquentar do que vamos de fato utilizar. Somando no final de um período, podemos computar menos consumo de gás, pelo simples fato de estarmos atentos no preparo de algo tão simples como uma bebida quente.





Bolos, tortas, pasteis salgados e empadões ficarão mais gostosos e mais úmidos se, após 15 minutos de chama alta, reduzirmos a potência do forno pela metade. Pode levar uns 10 minutos a mais para assar, mas o sabor será incomparável. Experimente.


Posso afirmar que ao longo dos anos, tendo adotado a prática da chama baixa para cozinhar, economizei algumas dezenas de botijões de gás. Seguindo neste raciocínio, isso significa menos recursos naturais sendo extraídos, menos caminhões de entrega de gás circulando – o que colabora para um trânsito mais fluído e para uma economia de matéria prima. Um cuidado para com o todo ao longo do tempo.


Eis uma receita que considero essencial para economizar com materiais de limpeza: Detergente caseiro muito eficiente. Você vai precisar:

  1. 200 ml de álcool 70%.

  2. 200 ml de água oxigenada.

  3. 200 ml de sabão de coco liquido ou 200 g de sabão de coco ralado.

  4. 200 gramas de bicarbonato de sódio.

  5. 4.3 litros de água filtrada.

Preparo:


  • Misture tudo, exceto a água, em uma garrafa PET de 5 litros.

  • Acrescente a água e misture bem, até que todos os ingredientes estejam devidamente dissolvidos.

  • Se preferir, poderá acrescentar de 10 a 15 gotas de óleo essencial para dar aroma. Capim-limão, limão, eucalipto, pinho ou alfazema são ideais.

  • Esse detergente é ideal para usar puro. Coloque um pouco em um pano de limpeza e efetue a higienização de pisos, bancadas e banheiros. Após o preparo, guarde em um recipiente lacrado e longe do alcance de crianças e animais.

Com água não se brinca


Ainda falando sobre o consumo de água, é sempre bom lembrar que estamos longe de praticar um consumo consciente desse recurso tão precioso e vital.


É importante saber que o Brasil poderá encerrar o ano de 2021 dentro de uma das maiores crises hídricas de sua história recente. Segundo os dados da ANA, Agência Reguladora de Águas e Energia, boa parte da região Sul e Sudeste enfrentará um severo racionamento hídrico.


Eis alguns dados para se ter em conta diante desta realidade que já bate a nossa porta:

  1. Uma boa dica é: escolha um recipiente limpo e de fácil manuseio para realizar a higienização de verduras, frutas, legumes, grãos e outros itens comestíveis em sua cozinha. Reaproveite a água destes processos para a regar plantas.

  2. Varrer a calçada, ao invés de lavá-la com o uso de mangueira, pode resultar numa economia de até 250 litros de água.

  3. Deixar o chuveiro desligado enquanto o corpo é ensaboado pode resultar numa economia de até 100 litros de água por banho.

  4. Uma torneira que fica gotejando pode gerar um desperdício de até 1300 litros de água por mês.

  5. Deixar a torneira fechada enquanto ensaboamos a louça pode gerar uma economia de até 95 litros de água por dia.

  6. Usar balde para lavar o carro, ao invés do esguicho da mangueira, pode resultar numa economia de até 180 litros de água por lavagem.

  7. Uma máquina de lavar roupas pode gastar até 160 litros de água numa única lavagem. Armazenar esta água (em recipiente fechado), para lavar o quintal posteriormente, pode gerar uma boa economia.

Com pequenas ações e boa vontade podemos reduzir os gastos mensais em nossa residência e ainda poupar o planeta da acelerada degradação que vivenciamos hoje. Comece hoje mesmo.


Conte-me quais mudanças você já fez e quais planeja fazer.


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